sexta-feira, 31 de julho de 2015

ARMERIA MARITIMA (ARMÉRIA, SEA THRIFT, GAZON D, ESPAGNE)


              Dir-se-iam cebolinhos (allium schoenoprasum) em botão. Porém, a ausência do cheiro típico das folhas frescas, semelhante ao da cebola, não engana... E, escavando, também não encontraria caules subterrâneos, os inconfundíveis bolbos. 
                  A planta da foto cresce espontâneamente em latitudes muito a norte, em ambiente marítimo, de muita humidade e vento fresco. Também é usada como planta decorativa. Nesse caso, pode ser cultivada até bem mais a sul. Em França, por exemplo, é comum servir de bordadura dos pequenos jardins em volta das habitações onde revela capacidade de resistência. Mas é, sobretudo,  admirada pela longa temporada de floração. Para além disso, até no  inverno conserva a verdura dos caules em tufos semelhantes aos das gramíneas. Neste particular, ganha ao allium. 

segunda-feira, 27 de julho de 2015

LOBÉLIA (LOBELIA ERINUS)


Hoje em dia, na quadra do verão, em espaços públicos, é relativamente comum encontramos lobélias pendendo de cestos de arranjos de flores de cores vivas. Não é o caso da lobélia da foto, planta perene ou quase, resistente, com cerca de 1,50 m de altura.  Para atingir o máximo esplendor requer mais do que uma terra bem estrumada, mantida húmida e exposição ao sol. É que acima de temperaturas médias do ar superiores a 21º graus as flores arriscam acabar queimadas. Por isso, tentar que variedades como a "Crystal Palace" da foto prosperem nos nossos jardins, é sobremaneira arriscado. Apesar de podermos dispor de várias possibilidades de azul que tonalidades igualam esta lobélia em suavidade repousante? 

quarta-feira, 22 de julho de 2015

MOLEDROS ou MOLEDOS (STONE CAIRNS)



               Por estas latitudes, como as da foto, o apelo do "Leave no Trace" parece não deixar ninguém indiferente.  Íntimo imperativo ético conservacionista fundado na responsabilidade pelos impactos humanos no ambiente  ou efeito da coercibilidade própria das normas jurídicas? Mas, neste caso,  em espaços tão amplos e afastados de povoados, como garantir o pretendido efeito dissuasor das leis para actos tão discretos como "esquecer" embalagens de cerveja, restos de comida, vestuário, tendas avariadas, entre outras tantas "inocentes" displicências?  E, no entanto, juro, por aqui é difícil ver lixo de qualquer espécie. Para um latino, como este que se apresenta, é, deveras, um espanto!
             Ainda assim, as propostas do movimento para não deixar marcas no ambiente são objecto de normal oposição. Há, sobretudo, quem as conteste por supostamente fundamentalistas.
              Da polémica sobram aqueles montinhos de pedra, nem demarcação de terras, nem sinalética de trilhos,  memória de antepassados ou exercício de cosmologia. Na pureza dos princípios conservacionistas (sete, como na história da Branca de Neve) não se deve alterar a disposição dos elementos naturais.  
              Mais forte é o impulso, tão básico, para exprimir uma emoção maior suscitada pelo confronto com estes horizontes amplos, os cumes altos aparentemente intocados. O material da expressão, cada pedra, permanecerá inteiro, solto e aceitável à escala de Liliput. Não tardará o regresso das neves que o fundirão com o solo. Por mim, nem os acrescentei nem diminuí: cepticismo da idade?. Mas a moldura, incluindo o natural e o edificado, permanece. Acredito que  tão cedo não vai sair da memória.   

sexta-feira, 17 de julho de 2015

QUE COLOSSAL REPRESSÃO!


Não se vislumbrando o mais ínfimo dano em edificações, equipamentos ou jardins, nem a mais leve nuvem de fumaça, temos de convir que aqui a prevenção vem funcionando. Pudera: quem ficará indiferente a tão esmagadoras ameaças? O quanto?: - é fazer as contas...

Aviso afixado à entrada para o King,s College, Campo universitário de Aberdeen, Escócia.