domingo, 29 de novembro de 2015

RUELLIA MAKOYANA (RUÉLIA)


Planta de interior, foi-lhe reservado um lugar sem sol directo mas de muita luz e temperatura amena mesmo no inverno. Até agora tinha sido notada pela singularidade das folhas discolores, verdes na página superior de nervuras destacadas sublinhadas a branco prateado, mais largo ao longo da nervura central, mais estreito nas nervuras secundárias, não alcançando a margem do limbo. 


Igualmente rara a cor acetinada de vinho na página inferior da folha. Tudo somado, uma magnífica doação de há um ano da nossa vizinha e amiga.   


Nestes dias de fim de outono - cereja em cima do bolo - somos surpreendidos por uma flor solitária em tons de fúcsia-magenta. A primeira da ruélia em nossa casa: mas que flor!


Pena que não tenha durado senão por uma semana. Ainda assim, foi muito visitada. Pudera! Podem ver-se os estames inclusos de cor branca. São em número de quatro, dois mais compridos que os outros. 


Uma estrutura resistente une as 5 pétalas soldadas na base formando um longo tubo.


Ponto de inserção do tubo próximo da axila das folhas e cálice envolvendo o início do tubo.  A ruélia é originária do Brasil e pertence à família Acanthaceae.

domingo, 22 de novembro de 2015

VERÃO ÍNDIO (INDIAN SUMMER)


Cerca das 8 horas da manhã, nasce o sol. O ar está frio mas muito límpido. Caem mais folhas das árvores que são removidas para os compostores por, no mínimo, um ano. Arranjam-se as bordas dos relvados e das pequenas lagoas, arejam-se os solos. Plantam-se árvores de fruto e sebes. Protegem-se as plantas mais sensíveis com uma capa em algodão ou transportam-se para as pequenas estufas. Ainda se plantam bolbos nos jardins preparando a primavera. Há que aproveitar o dia: o pôr do sol será pelas 15 horas e 45. Estranhamente a temperatura do ar é de 2 graus centígrados positivos e espera-se uma máxima de 6. Temperaturas demasiado elevadas para a época! Um verão índio, diz-se por ali, com preocupação. Fora de casa, trabalha-se ao ar livre desde há cerca de uma hora. Felizmente não falta trabalho: para homens de barba rija! 

Foto de 21 de Novembro de 2015, gentileza MM.

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Novembro quente e florido. Bom ou mau tempo? Uma perspectiva.



Por esta altura estaria a fazer a primeira das pulverizações  com calda bordalesa.  Mas, perplexo com a inesperada floração que cobre inteiramente as laranjeiras, não obstante estarem cobertas de frutos bem crescidos, suspendo o tratamento. Pelo menos,  as incontáveis abelhas que as estão visitando não sairão molestadas.



Ao centro, de forma quase esférica, o estigma. Cercam-no os estames: visíveis as anteras. Envolvendo o conjunto, as pétalas em branco.



Desde a base e a verde: o ovário e o estilete. Mais acima, o estigma.



Curiosamente, um dos citrinos que apresenta os frutos mais adiantados não entrou em floração. Em todos, são visíveis os estragos causados pela mosca do mediterrâneo. O tempo tem vindo a ser favorável a esses e outros insectos. Resultado: os frutos acabam tombando e apodrecendo. Bom tempo ou mau tempo?

terça-feira, 10 de novembro de 2015

PAPHIOPEDILUM INSIGNE, PAFIOPÉDILO, SAPATINHOS-de-VÉNUS


Estes dias de Novembro, agradavelmente luminosos e quentes mas excessivos, trazem-nos de sobreaviso.   Normalmente já teríamos prevenido os efeitos do frio em certas plantas envasadas depositando-as em abrigo. 


Enquanto não chega o frio, mantemos os Sapatinhos-de-Vénus ao ar livre apenas protegidos pelo beiral da casa. Retribuindo, ei-los em gloriosa floração.  Em amarelo salpicado de pequenas manchas acastanhadas surge a pétala dorsal coroada a branco em movimento ondulado. Duas pétalas arqueadas parecem querer envolver-nos num abraço. 


Em baixo, um requintado labelo em forma de saco, de bordos reforçados, resultado da fusão de duas sépalas  - uma tentação para os inofensivos insectos polinizadores. Infelizmente também estão a atrair a voracidade cega das lesmas.